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Arquitetos: Santiago Viale Lescano + Juan Manuel Juárez
- Área: 1676 m²
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Fotografias:Gonzalo Viramonte
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Fabricantes: Abest, Cortinas Suquía, ETC, Julia Sol, RASSEGNA
Descrição enviada pela equipe de projeto. Biofarma é uma empresa que produz e comercializa alimentos para animais da indústria avícola, suína e bovina, entre outras espécies. O projeto surgiu de um concurso privado, que convocava a criação de um plano geral para a construção de uma indústria que inclui um prédio de escritórios administrativos e outros complementares, em um terreno de 39.870m2.
Após ganhar o primeiro lugar, fomos encarregados do desenvolvimento do projeto executivo dos escritórios. Para projetar a edificação, considerou-se que tínhamos um perímetro livre e uma localização estratégica dentro do plano geral. Assim, foram propostos dois andares retangulares, formados por faixas de escritórios nas fachadas conectadas por dois pátios internos no centro, que geram espaços colaborativos, e dois núcleos de circulação vertical nas extremidades, permitindo uma maior interação entre os funcionários dos diferentes níveis.
O programa inclui no andar superior, além dos escritórios propriamente ditos, salas de reuniões, áreas de impressão e um espaço para coffee break. Também estão localizados ao redor do ambiente de dupla altura os escritórios dos gerentes da empresa, que se conectam a uma entrada hierarquizada no térreo, reforçando a sensação de institucionalidade. Junto com a entrada mencionada anteriormente, há um pequeno auditório e salas de treinamento.
Foi proposta uma estrutura independente de concreto armado. O envoltório é formado por várias camadas de construção simples, pensadas como elementos de sustentabilidade passiva que melhoram o isolamento térmico do edifício. Sobre os pilares e vigas perimetrais, foi projetado um fechamento de alumínio com vidro duplo hermético fixado aos pilares de concreto.
Foram ancoradas mísulas de perfis típicos, sobre as quais foi apoiada uma subestrutura de tubos metálicos e, sobre esta, uma chapa dobrada galvanizada pré-pintada na cor cinza, separada 70 cm da esquadria de alumínio, gerando assim uma proteção solar. Por estar afastada do solo, cria-se uma sensação de leveza, que é reforçada pelas sombras projetadas sobre o vidro.
Esta pele desempenha um papel importante no projeto, pois forma um espaço intermediário sombreado entre o fechamento de vidro e o exterior, reduzindo assim a radiação direta do sol e, consequentemente, o consumo de energia do edifício. Para que não se torne um obstáculo visual entre o exterior e o interior, foram propostas telas móveis que podem ser abertas dependendo da hora do dia.
Como complemento, foram colocadas cortinas verticais as quais permitem aos usuários regular o nível de luminosidade necessário de acordo com suas necessidades. Além disso, elas conferem à empresa uma linguagem e caráter institucional.
Na fachada principal aparecem diferentes gestos, como uma placa proporcional ao seu tamanho, notável porque interrompe o grande revestimento metálico da obra, precedida por vidros laminados opacos que funcionam como plano de fundo da placa e fechamento das instalações de serviço. Além disso, há uma grande janela acompanhada de um bocal metálico, que destaca a mudança de uso, onde está localizada uma sala de refeições para os funcionários e um terraço com espaço de lazer como extensão dos escritórios.